(old stuff)
Mora na infantilidade
Do seu ser grande.
Ser é-lhe uma futilidade,
Que da sua prisão nada se expande.
Não reconhece a vida.
Conhece-lhe só a confusão.
Sabe que a odeia (e lhe é querida),
E lhe vive o indizível, emotivo turbilhão.
«Raios! Livre é o ser invisível
Da inexistência ― nenhum!
Só esse é crível...
Porra pra esta merda, quero ser um!»
Mas um dia, ao crescer,
Veio a dizer em razão:
«Hei-de quando for grande
Ser luz do Sol
E iluminar o que escureci.»
6 comentários:
Hummmm... Um belo poema o seu! :)
Agradeço, Francisco!
Por acaso, como acontece com todos os meus poemas doutros tempos, sinto-me reticente, quanto à forma; mas a mensagem que pretende acaba por ser mais forte e, com uns retoques, acabei por publicá-lo.
Ah, gostei muito do texto que lhe foi dedicado no semi-defunto Hípias Maior, li ontem, a que gentilmente a proprietária me deixou aceder (pelo que escrevo tb para ela): achei-o um texto exacto e assertivo, tanto na escolha das palavras que o adjectivam, como no objectivo geral. Um texto que comprova o mérito do F. (fica tb a oportunidade de me manifestar mais afirmativamente). :)
Ah, pensei que esse blogue da Fraulein já não existisse: refere-se ao texto que me é dedicado, certo? Mas já não me lembro bem do texto; também tive um longo poema. :)
Sim, o blogue já ñ está activo.
Exactamente, esse texto: é um bom espelho, elogia bem o seu trabalho.
Tiago, também gostei do seu poema. Felicitações. Estarei atento às suas mais recentes postagens.
Obrigado, Goggly, e bem-vindo :)
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