22 de novembro de 2008

«Always stray from the path, Sweetheart»

«But of course, my fluffy thing.»

Há Momentos


Há momentos em que se é com a vida um. Unidade. Não existe o pensá-la. Nem o sê-la. Ela é que me é. Somo-nos tudo misturado, indivizivelmente. Tudo é normal. Nada estranho. Há momentos.

Auto-Revisitação


De vez em quando ainda olho o céu estrelado, não tanto quanto dantes, e ainda acho, com aquele discernimento forasteiro que outrora me invadia tão permente, que nada tem a ver com aqui em baixo.

16 de novembro de 2008

Sou de facto o Diabo


«É a lei da vida, minha senhora. O corpo vive porque se desintegra, sem se desintegrar demais. Se não se desintegrasse segundo a segundo, seria um mineral. A alma vive porque é perpetuamente tentada, ainda que resista. Tudo vive porque se opõe a qualquer coisa. Eu sou aquilo a que tudo se opõe. Mas, se eu não existisse, nada existiria, poque não haveria a que opor-se [...].»

F. Pessoa, A Hora do Diabo, Assírio & Alvim

15 de novembro de 2008

Bófia

A polícia montada só serve para cagar os trajectos dos transeuntes. Resta saber se as poias saem do cu dos cavalos ou do cu dos bófias.

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Ele abriu a porta e disse-lhe com a maior das deliberações, braços abertos e sorriso rasgado, Não gosto muito de ti!, a alegria no rosto. A intenção é que conta.

11 de novembro de 2008

má língua:

aquela que se porta bem
na minha boca

Bénédicte Houarte, vida: variações, Livro I

1 de novembro de 2008

Sou de facto o Diabo


Corrompo mas ilumino.

F. Pessoa, A Hora do Diabo, Assírio & Alvim