Caminhava pelo passeio que beirava uma estrada preta e onde, sentado no lancil, um pequeno chorava.
«Por que choras?»
Olhou-me rosto molhado.
«Por causa da confusão.»
«Que confusão?»
«Se a pudesse dizer não era confusão.»
Continuou a verter lágrimas e eu prossegui passeio fora.
(Há que saber abandonar).
3 comentários:
(old stuff)
Podíamos também escutá-lo e não dizer nada. Como diria Miguel Torga o verdadeiro acto de entendimento é compreender aquilo que nos é oposto.
Verdade, Anónimo. Mas à ideia em questão subjaz um auto-desprendimento, ou auto-abandono. Uma troca, de uma coisa por outra melhor: o sujeito que soube libertar-se de si, deixando-se para trás.
(Convido os comentadores a deixarem um nome. A virtualidade é já em si suficientemente estéril... Mas claro que é opcional.)
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